É na madrugada que verdadeiramente se sente.
A luz do dia, que torna tudo tão perceptível e julgável, se foi.
O pudor, e não só ele, também o falso moralismo, se foi.
" - Sai da janela, Dona Aurélia! Cuida do teu feijão."
Se foram os que apontam, os que dispensam a todos seus preconceitos e impõem suas opiniões.
O silêncio não julga, acoberta, por baixo das cobertas, os amantes.
Que são reais, são passionais.
Instintivos seres humanos.
Na madrugada, não se ousa dissimular.
Ou se é ou não.
O silêncio à coerção.
O silêncio à coerção! Brutal!
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